Instrumentos


Algumas curiosidades sobre os instrumentos

Instrumentos lecionados no Curso Básico de Música em Regime Articulado:

Instrumentos de corda friccionada:

violino, viola d'arco, violoncelo e contrabaixo. 
 
Nestes instrumentos, o som resulta da fricção entre o arco e as cordas.

Instrumentos de sopro:

Família dos metais: trompete, trombone, trompa e tuba.
Família das madeiras: fagote, flauta, oboé, clarinete e saxofone.

Nos instrumentos de sopro, o som é produzido pela vibração do ar dentro do tubo do instrumento, graças ao sopro do instrumentista. São divididos em madeiras e metais conforme o material no qual eram inicialmente construídos, com exceção do saxofone.

Instrumento de cordas dedilhadas: guitarra.

Instrumento de cordas percutidas: piano.


Instrumentos de corda friccionada


Violino

É o instrumento mais agudo desta família, com quatro cordas afinadas por quintas (sol, ré, lá, mi).
O violino é representado em maior número em qualquer orquestra - seja de cordas, sinfónica ou filarmónica.
Surgiu no período Barroco, em Itália, tendo as suas raízes na Viola da Gamba, porém mais pequeno e mais agudo em comparação com o seu antecessor. Foi nessa altura que foram construídos os melhores violinos de todos os tempos. Os mesmos são da autoria de três famílias de luthiers italianos- Amati, Guarneri e Stradivari. Existe um segredo à volta da construção destes violinos que se mantinha em família e passava de pai para o filho, até um dia ter sido perdida.
Um dos principais compositores para violino é António Vivaldi, também de origem italiana (tal como o violino) do período Barroco. No entanto, com o passar do tempo, o Wolfgang Amadeu Mozart compôs os seus 5 concertos para violino. Porém, o auge de virtuosismo violinístico aconteceu no período Romântico com o Niccolo Paganini (mais uma vez de origem italiana) que ultrapassou todos os limites de técnica violinística, e que compondo os seus 24 caprichos para violino solo foi considerado o maior violinista de todos os tempos.

Algumas sugestões musicais:






Viola d’arco


O registo da viola d’arco é mais grave que o violino, mas mais agudo que o violoncelo, sendo a sua sonoridade escura e doce. Tal como os membros da sua família, tem quatro cordas (Dó, Sol, Ré e Lá) e tem um formato semelhante ao violino, mas é maior e mais volumoso.
A viola d’arco, apesar de ser menos conhecido que os seus semelhantes, tem vindo a assumir um papel cada vez mais preponderante. Tem uma função muito importante na orquestra e também em música de câmara (pequenos grupos), e tem vindo a ser explorado pela sua sonoridade única pelos compositores.

Algumas sugestões musicais:






Paganini - Capricho nº 24



 Violoncelo

O violoncelo é o segundo instrumento mais grave da família das cordas friccionadas. Tem 4 cordas (dó, sol, ré, lá), que soam uma oitava abaixo em relação às da viola d'arco. As suas origens remontam ao século XVI, mas só a partir do século XVIII começou a ser mais frequentemente utilizado como instrumento solista. Inúmeros compositores importantes escreveram para violoncelo e é também por vezes utilizado na música pop-rock.

Algumas sugestões musicais:



Bach - prelúdio da suite para violoncelo nº 1

Haydn - concerto para violoncelo e orquestra nº 1

Dvorak - concerto para violoncelo e orquestra




Contrabaixo

O contrabaixo é o instrumento maior e mais grave da família das cordas friccionadas. Tem quatro cordas afinadas por quartas (mi, lá, ré, sol). Os sons produzidos soam uma oitava abaixo da sua notação. Na História da Música Ocidental é conhecido sobretudo pelo seu papel como instrumento orquestral. É mais raramente ouvido como instrumento solista, no entanto do seu repertório constam pelo menos 200 concertos.
É também um instrumento essencial nas bandas de jazz, sendo nesse contexto tocado maioritariamente em pizzicato (isto é, as cordas são beliscadas com os dedos em vez de serem friccionadas com o arco).

Algumas sugestões musicais:






                                                                          Saint-Saens - "O Elefante"





Instrumentos de Sopro



MADEIRAS

Fagote

A palavra fagote deriva do italiano fagotto. É constituído por um longo tubo cónico de madeira de cerca de 2,5 metros, dobrado sobre si mesmo. Tem palheta dupla que é fixada num tudel de cobre. Aparecendo na sua forma moderna no século XVIII, o fagote figura em orquestras e grupos de música de câmara. É o instrumento mais grave de madeira da família dos sopros.

Algumas sugestões musicais:








Flauta

A Flauta Transversal, nas suas variadas formas, existe há muitos séculos. Há vestígios deste instrumento desde os tempos do antigo Egito, quando era constituída basicamente por um tubo de argila com furos.
A flauta moderna já não é feita de madeira, mas de prata ou outros metais.
É o único instrumento de naipe de madeiras que não tem palheta, como acontece, por exemplo, no clarinete ou no oboé.
Tal como outros instrumentos de sopro, tem um sistema de chaves que alongam ou encurtam a coluna de ar no interior do tubo, o que acontece ao tapar ou destapar os furos, produzindo-se assim escalas de sons diferentes.
A maior parte das pessoas já produziu um som, soprando ou simplesmente no gargalo de uma garrafa. É assim que se produz o som da flauta, ao comprimir o ar insuflado contra o bisel da embocadura.
O flautista deve adaptar a posição dos lábios, de modo que o ar produza uma coluna forte e uniforme.



Clarinete

O clarinete é constituído por um tubo cilíndrico de uma madeira especial – o ébano. O clarinete consegue produzir som em quatro registos: grave, médio, agudo e sobre-agudo.
O clarinete com o conhecemos nos dias de hoje descende do chalumeau, um instrumento bastante popular na França, pelo menos desde a Idade Média. Em 1690, Johann Christoph Denner, um charamelista alemão, acrescentou à sua charamela uma chave para o polegar da mão esquerda, para que assim pudesse tocar numa abertura, o que lhe trouxe mais possibilidades sonoras. Surgiu, assim, o clarinete contemporâneo. Introduzido nas orquestras em 1750, foi um dos últimos instrumentos de sopro a fazer parte da formação orquestral moderna.
A família do clarinete é bastante grande, possuindo clarinetes em diferentes tonalidades, como, por exemplo, a requinta (o clarinete mais pequeno e agudo da família) o clarinete soprano em Sib (o mais usual), clarinete em lá, clarinete em Dó, clarinete alto em Mi, clarinete baixo, clarinete contrabaixo, cor de basset, entre muitos outros.
O clarinete é um instrumento muito versátil podendo tocar diversos géneros musicais (clássico, jazz, klezmer, contemporâneo, por exemplo) e podendo fazer parte de diferentes formações, desde a orquestra sinfónica à orquestra de sopros, às bandas, aos grupos de música de câmara e a pequenos ensembles de clarinetes.








Oboé

O corpo do oboé, em formato cónico, é normalmente em madeira (ébano, jacarandá e outras), mas pode ser também encontrado em resina, compósitos e plástico. A palheta dupla é constituída por uma pequena e delgada tira de uma cana especial (cana da Índia), da espécie Arundo donax, dobrada em dois e um pequeno tubo de metal (staple) é colocado entre os dois lados da tira dobrada, a qual é então passada em volta do tubo e firmemente amarrada a ele. A parte dobrada da tira é cortada e as duas extremidades, criteriosamente desbastadas e raspadas, constituindo então a palheta dupla. O tubo de metal encaixa-se numa base de cortiça que é firmemente fixada na extremidade superior do oboé.













Saxofone

O saxofone foi inventado no século XIX pelo belga Adolph Sax.
Apesar de o corpo deste instrumento ter sido produzido sempre maioritariamente em metal, integra-se na família das madeiras, pois a sua palheta é produzida em madeira.
Existem saxofones de sete tamanhos e registos diferentes, do mais agudo ao mais grave: sopranino, soprano, contralto, tenor, barítono, baixo e contrabaixo, sendo o último menos comum.

Sugestões musicais:



METAIS



A Trompa é um instrumento de sopro da família dos metais. Para tocarmos na trompa precisamos de vibrar os lábios no bocal e este transmitirá essa vibração para a trompa que consequentemente produzirá o som. 

Não se pode determinar ao certo as origens deste instrumento, mas os primeiros registos aponta-nos para os búzios que eram utilizados pelos hebreus, gregos, romanos, e povos da África central da antiguidade, que eram utilizados meramente para emitir sinais de chamada. Mais tarde no século XVII surgiu a trompa de caça, que era usada como forma de comunicação durante a caçada, esta por sua vez foi sofrendo variadas evoluções até chegar à trompa que hoje conhecemos. 

A trompa é um instrumento muito expressivo, de grande utilidade e eficácia na orquestra. Tem uma enorme capacidade para o piano, e um volume sonoro para o forte. Além disso, o seu som pode com grande facilidade fundir-se perfeitamente com uma infinidade de combinações instrumentais.


Algumas sugestões musicais:








Tuba

A tuba é um instrumento de metal, de válvulas, com um tubo de grande diâmetro. É usado nas bandas e na secção de metais das orquestras para executar partes em registo grave. É um instrumento relativamente recente em comparação com os outros instrumentos de metal, surgindo pela primeira vez um instrumento ao qual se chamou “tuba” em 1835, na Alemanha. Existem diversos instrumentos dentro da família das tubas, de diversos tamanhos, como o eufónio, o sousafone e o helicon, assim como a tuba Wagneriana (ver vídeo).



Trompete


Os trompetes são dos instrumentos mais antigos da história, inicialmente muito usados para fins militares, por terem um som forte, audível a grandes distâncias. Alguns trompetistas famosos são, dentro do estilo "clássico", Maurice André e Mauro Maur, e na área do jazz, Louis Armstrong e Miles Davis. Dentro da família dos trompetes existem vários instrumentos, como o trompete em si bemol, o fliscorne, o trompete piccolo, ou o trompete de chaves.


Um vídeo sobre o trompete:

clicar aqui

Algumas sugestões musicais:



Trombone

Instrumento musical de sopro pertencente à família dos metais. Consiste num longo tubo de três segmentos e que tem numa das extremidades o bocal e na outra uma campânula. Existem dois tipos de trombone: o de pistão, em que o som é regulado por válvulas, e o de vara, no qual um mecanismo deslizante controla a emissão sonora. Nos dias que correm o trombone pode encontrar-se em diferentes formatos, podendo considerar-se uma família de instrumentos que inclui desde o trombone contrabaixo até ao trombone soprano, nas variedades de trombone de vara e de pistões, e até mesmo numa variedade híbrida que combina as duas formas anteriores num trombone vulgarmente chamado “superbone”.

Algumas sugestões musicais:



O termo guitarra é utilizado para denominar diversos instrumentos de cordas dedilhadas que têm, geralmente, entre 6 e 12 cordas, e possuem um corpo com formato aproximado a um 8, além de um braço sobre o qual as cordas passam. A guitarra clássica é um instrumento acústico da família dos cordofones, com seis cordas de nylon. A guitarra como a conhecemos hoje teve origem na Espanha no século XIX, tendo seu desenvolvimento associado principalmente ao luthier Antonio de Torres e ao guitarrista Francisco Tárrega. Desde então, a guitarra clássica se desenvolveu e espalhou-se por todos os continentes, sendo utilizada em diversos géneros musicais, constituindo-se como um dos instrumentos mais populares do mundo.

Algumas sugestões musicais:












Documentário sobre a guitarra clássica (em inglês)


Piano


O piano é um instrumento de cordas percutidas, cuja criação remonta ao século XVIII, e é atribuída a Bartolomeu Christophori, um construtor de instrumentos italiano.
O piano, ao contrário de outros instrumentos de tecla previamente existentes (por exemplo o órgão ou o cravo), tem sensibilidade dinâmica, isto é, permite ao intérprete controlar a intensidade do som produzido. Por este motivo, aquando do seu aparecimento, o novo instrumento chegou a ser denominado como "gravicembalo col piano, e forte" ("cravo com piano, e forte"). 
A construção dos pianos foi evoluindo ao longo dos tempos, com a introdução dos pedais, aumento da projecção sonora, aumento da extensão do teclado, entre outras inovações. 
É um instrumento amplamente utilizado em variados estilos, desde a música erudita ao jazz e pop-rock.
Muitos grandes compositores escreveram um repertório extenso para piano, como por exemplo Mozart, Beethoven, Haydn, Chopin, Liszt, Brahms, Schumann, Rachmaninov ou Prokoviev.
Beethoven - Concerto para piano nº 5

Prokofiev - Sonata para piano nº 7, 3º andamento

Keith Jarret - Tokyo Solo 2002 Encores


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